*Resenha #32 * O Visconde Que Me Amava

Ooooooooolá pessoas bonitas, como vão?
Tivemos um recesso por conta do Natal, por isso ficamos sem postar, ms hoje estamos de volta!
E hoje voltamos com uma resenha da série que ganhou meu coraçãozinho. Hoje vou falar sobre "O Visconde Que Me Amava".

Título: O Visconde Que Me Amava
Autor(a): Julia Quinn
Nº de Páginas: 288
Ano: 2013 (no Brasil)
Editora: Arqueiro
Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será
Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.
Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.
Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.
Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.
Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

Skoob | Saraiva

ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS!

Primeiramente, vou apresenta-los novamente à Família Bridgerton.

[...]Anthony Bridgerton é um Libertino.

[...]A única pergunta é: será o ano de 1814 aquele no qual ele enfim sucumbirá à encantadora felicidade do matrimônio?

Esta autora acredita que...

Não.

CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN,

20 DE ABRIL DE 1814

E nesse livro vamos falar de Anthony, o irmão mais velho da família. Anthony foge de casamento como o diabo foge da cruz. Mas então, ele finalmente resolve se casar. Porém ele tem alguns requisitos para casar, e um deles é não amar a esposa. Eu achei uma bobagem da parte dele, mas ao longo do livro nós vamos entendendo esse medo que ele tem do amor, por assim dizer.

Anthony Bridgerton recostou-se à cadeira de couro, fitou o uísque com uma expressão pensativa enquanto girava o copo e, em seguida, anunciou:

– Estou pensando em me casar.

Benedict Bridgerton, que estava praticando um hábito que a mãe detestava – inclinar a

cadeira para trás –, começou a cair. Colin engasgou.

Katharine Sheffield, Kate para os mais íntimos, está na cidade para a temporada junto com sua madrasta e meia irmã, Edwina Sheffield. Porém, Kate não fica procurando um marido. Ela se preocupa mais com o matrimonio da irmã, pois acha Edwina infimamente mais bonita que ela, e acha que ela tem mais chances. Sem falar que Edwina diz que só se casará com aprovação de Kate. Até aí, tudo bem, até Anthony desejar cortejar Edwina.

Kate cerrou os dentes e prometeu a si mesma que aquele homem nunca se casaria com sua irmã. Seus modos eram extremamente frios e ele tinha um ar superior. Também era lindo, concedeu ela, com aqueles olhos castanhos aveludados que combinavam à perfeição com os cabelos. Era alto – com cerca de 1,85 metro – e os lábios, embora de uma beleza clássica eram estreitos nos cantos, como se ele não soubesse sorrir.

A partir daí, Kate fica louca e tenta a todo custo deixar Anthony, sem sucesso, longe de Edwina. As vezes, ela era um controladora pé no saco, eu tinha muita vontade de esganar ela, rssssss.

Ela erguera o rosto na direção do sol e refestelava-se com seu calor. Por um instante desconcertante, Anthony sentiu... alguma coisa. Alguma coisa? Ele balançou a cabeça. Não era possível que fosse desejo. Não por aquela mulher.

Quanto ao Anthony... Ai... Esse Anthony. Sarcástico, impaciente (e a melhor coisa é vê-lo irritado.), rabugento, engraçado, sedutor, não desiste do que quer... esse homem é maravilhoso, e um pouco chato, mas um pouco de chatice faz bem.

A partir das tentativas de cortejar Edwina, Kate e Anthony ficam mais próximos, e mesmo que se odeiem, começam a compartilhar de uma amizade um tanto engraçada. Até o dia em que eles assumem para si mesmos que se gostam.

Ele pôs a mão sobre a dela, interrompendo-a.

– O que você precisa me dizer, Kate?

Ele observou com atenção quando ela enrijeceu os ombros e cerrou os dentes. Parecia estar se preparando para uma tarefa abominável. Então ela falou, às pressas:

– Só queria que o senhor soubesse que não me oponho mais à sua corte a Edwina.

De repente, ele sentiu um vazio no peito.

– Eu... entendo – retrucou, não porque de fato entendesse, mas porque tinha que dizer alguma coisa.

PORÉM, como sempre nem tudo são flores, dá a louca no Anthony e em uma situação inusitada, eles são flagrados e obrigados a se casar. ISSO MESMO LADIES, ANTHONY É OBRIGADO. Bem feito, se ferrou.

Ps. A cena logo após o flagrante é a mais bonita.

No entanto, parado ali, observando Kate protestar (não era, pensou ele, a mais lisonjeira das reações, mas ela também tinha direito a um pouco de orgulho), uma estranha satisfação tomou conta dele.Anthony a queria.Desesperadamente.Nunca teria se permitido, nem em um milhão de anos, escolhê-la como esposa. Ela era perigosa demais para sua paz de espírito.[...]

[...]Fora possuída por um tipo de desejo primitivo, que a fazia ansiar pelo toque da pele dele.Ela o queria. Ah, como o queria... Mas não deveria querer, não deveria desejar o homem que ia se casar com ela pelos motivos errados.

Então a história se desenrola e a cada página é um suspiro e um amor. Kate gosta de Anthony mas não força a barra e etc.

Esse livro é maravilhoso. Super bem-humorado, eu dava risada à toa, e tem um personagem super querido por mim, o Newton, cachorro da Kate. O desenrolar, o desejo de Anthony por Kate, e o amor que ela sente por ele é maravilhoso.

– Isso mesmo – concordou Colin. – Vá para casa e diga a ela que você a ama. O que poderia ser mais simples?

E, de repente, era simples.[...]

Aqui também temos uma aparição dos irmãos de Anthony, e devo confessar que fiquei desapontada com a autora, quando ela dá muita aparição para Colin, quando Benedict fica no anônimo. Tanto nesse quanto em “O Duque e Eu”.  Não reclamando de Colin, é meu Bridgerton favorito, mas o Benedict merecia mais destaque.

Se você quer rir e se apaixonar, esse livro é o mais indicado. Anthony é um personagem maravilhoso e mesmo ficando igual uma mula quando empaca, é apaixonante. Kate é um amor de pessoa, e só busca o melhor para sua família. Eles, com certeza, são um casal que está no meu coração. E mais uma vez, a autora foi excelente em passar os sentimentos dos personagens, você sente na pele.

Já li “Um Perfeito Cavalheiro” e daqui a pouco chega uma resenha fresquinha pra vocês.

O que acharam? Comentem sua opinião, estou ansiosa pra saber.

Beijinhos, até mais ♥.
Aqui está o link das outras resenhas da série "Os Bridgertons": O Duque e Eu; Um Perfeito Cavalheiro; Os Segredos de Colin Bridgerton; Para Sir Phillip, Com Amor; O Conde Enfeitiçado

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